domingo, 19 de abril de 2009

O "lado B" do marketing viral

Dando sequência ao tema, acabo de ler uma matéria no Portal Terra sobre um vídeo de uma loja de uma rede fast-food americana, em que um de seus funcionários aparece em uma situação nada agradável - passando os alimentos, como queijo, pão etc, dentro do nariz, e soltando muco nasal nos alimentos. O vídeo caiu no Youtube e, pasmem, tem a "narração" de outra colega.

A cena gerou tamanha polêmica nos Estados Unidos que o presidente da rede se viu obrigado a enfrentar uma crise de imagem sem precedentes na empresa. Publicou um vídeo em que responde às perguntas dos consumidores e se coloca "à disposição", por assim dizer.

Esta é outra demonstração do poder do marketing viral e de como a internet pode destruir a reputação de uma empresa em questão de momentos.

Os funcionários, certamente, deverão sofrer as consequências. Mas, o grande questionamento é: dá para reverter a imagem negativa que acaba resvalando na empresa? Como fazer com que o consumidor acredite na companhia e em sua marca?

Complicado, muito complicado. A organização é composta por funcionários, e suas atitudes refletem sua reputação - desde a forma como se vestem, a postura, o comportamento como um todo. Os profissionais são o espelho da empresa, por isso, como diz o ditado, todo cuidado é pouco.

Abraços e até a próxima!




sexta-feira, 17 de abril de 2009

O caso da escocesa

O assunto da semana na internet é a aparição da escocesa Susan Boyle no programa Britain's Got Talent, a versão inglesa do American Idol. Susan, 47 anos, é desempregada e mora em um vilarejo na Escócia e trabalha como voluntária em sua comunidade. Até aí, nada demais.

O fato é que ela teve de contar com o preconceito e a desconfiança de toda a platéia no dia de sua apresentação no programa britânico pelo simples fato de sua aparência ser, digamos, fora do "padrão" socialmente aceito. Pois Susan não se incomodou com nada disso, e no sábado, 11 de abril, encarou os jurados, considerados "carrascos" por seu nível de exigência com relação aos candidatos e fez bonito. Fez bonito não, fez uma maravilha! Logo ao cantar as primeiras palavras, ouviu-se uma voz de fazer inveja a qualquer diva internacional. Agora, só se fala disso nos meios eletrônicos. "Você já viu esse video da escocesa cantando?"

Pois é. Susan mostrou que tabus e preconceitos estão aí para serem totalmente quebrados. Tudo bem, a frase é super clichê, mas não pude pensar em nada mais elaborado. Ela realmente deixou todos estupefatos diante de um talento que torna a questão estética um detalhe tão insignificante que passa a ser até esquecido. Após sua apresentação (veja o vídeo completo, com tradução em português, clicando aqui), não só os jurados, como toda a plateia presente no dia aplaudiu a dona de casa de pé. E foi pouco.

Esse tipo de evento mostra, primeiramente, como ainda engatinhamos em temas complexos como aparência, preconceito e julgamento. Mas, ao mesmo tempo, nos dá um alento, do poder da comunicação na era digital. Afinal, em poucas horas - talvez minutos, até - o vídeo de Susan Boyle já havia corrido meio mundo e tornado-se destaque de diversos veículos do grande público. Talvez tenha sido um exemplo claríssimo de marketing viral, e de como ele atinge proporções inimagináveis - quando o produto é bom, claro! Bom aqui ganha várias conotações, mas no caso da escocesa, significa talento, qualidade, com o diferencial da surpresa da ocasião.

Foi realmente algo fantástico, do ponto de vista da comunicação. Já sob o aspecto emocional, não tenho nem o que dizer, foi espetacular!

Um abraço e até a próxima!

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Qual é a melhor fonte?


Em veículos de comunicação corporativa, um item importante a se considerar é o tipo de fonte que vamos utilizar para obter informações e preparar as reportagens.

Estamos falando de publicações muito específicas que, em geral, não são dirigidas à grande massa. Trata-se de um público segmentado que, na maior parte das vezes, é ainda mais exigente com a informação. Seja funcionário, diretor ou um mercado em especial, estamos lidando com uma fatia da população que sabe do que estamos falando.

Por isso, todo critério é pouco na hora de selecionar uma fonte. É preciso se preocupar não só com o conteúdo, mas também com a forma. Isto é: a fonte tem de ser fidedigna e gabaritada, principalmente se o foco do veículo for um público de um mercado mais tradicional/conservador, por exemplo. São pessoas muito ligadas nesta questão de formação e currículo.

Em áreas mais novas, ou quando falamos em inovação, muitas vezes, o que mais conta é o que o profissional/fonte fez ou realizou, do que exatamente sua formação acadêmica. Não que isso não seja relevante - pelo contrário - , mas não é determinante. Conta, de fato, o lado empreendedor, o que serve como exemplo, como inspiração para novas ideias. Podemos dizer que é uma "fonte benchmarking"!

O importante é adequar o profissional à publicação e ao público. Considere sempre o seguinte:
1) Mercado em que a empresa que publica o veículo atua - público ou privado
2) Tipo de atividade - atacado, varejo, finanças...etc...
3) Perfil da organização - tradicional, ousada, moderna, conservadora, em expansão, em um momento de corte de custos? Procure fontes que possam falar um discurso adequado ao momento. De nada adianta uma fonte com visão moderna, para quebrar paradigmas, se na empresa ainda prevalece, um sistema com hierarquia rígida, conservadorismo. É preciso primeiro mudar a cultura organizacional - o que, convenhamos, leva um certo tempo. Aos poucos, vamos trabalhando com fontes mais inovadoras, digamos.
4) Perfil da fonte - área de atuação, em que assunto é especialista, formação acadêmica/universitária, projetos de destaque, forma de abordagem, linguagem que utiliza, idade (pois é, até isso pode contar, de acordo com a empresa... Lembre-se: você tem que adequar tudo para seu público, para que a comunicação surta o efeito desejado!).

Não que você deva ficar engessado. Vez ou outra, uma dose de ousadia é super bem vinda. Mesmo se você tiver liberdade, ousar toda hora também não é lá muito adequado. Balancear é sempre um caminho mais seguro para a comunicação funcionar e as pessoas absorverem os conteúdos. O segredo é equilibrar para não ficar fora do tom!

Um abraço e até a próxima!
Regina 

domingo, 12 de abril de 2009

Feliz Páscoa e Semifinais do Paulistão


Este é um típico post de domingo, sem muitas notícias bombásticas... apenas para desejar a todos uma Páscoa cheia de paz, e que a alegria possa crescer cada vez mais em todos os corações. Que cada pessoa tenha a determinação para buscar seus objetivos e amor para expressar seus sentimentos!

E agora, relaxando neste domingão de Páscoa, assisto Corinthians x São Paulo, sem torcida definida. Meu Verdão já começou perdendo ontem para o Santos, mas ainda temos outra partida. Se, na comunicação a gente deve ser persistente e paciente, no futebol... Idem! rs...

Um abraço e até a próxima!
Regina

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Equilíbrio de visões


Um dos maiores desafios da comunicação interna é conciliar expectativas - tanto do lado do funcionário como de quem dissemina a informação. Ambos têm motivações e demandas específicas.

O funcionário anseia por informação, quer saber o momento real da organização e tirar suas próprias conclusões. Ele quer fatos verídicos, sem rodeios. Quem dissemina a informação, seja a área ou profissional responsável, sabe que é preciso traduzi-la conforme esta necessidade, respeitando também o que deve ser informado.

É um desafio interessante, pois todos têm razão. Ou uma parcela de razão, que seja. Se você tem, por exemplo, um dado a ser divulgado, seja de desempenho da companhia, uma premiação de funcionários, enfim... você precisa informar as pessoas. É um dever. Mas... como fazê-lo de forma coerente, respeitando os princípios, as políticas internas da companhia?

É aí que entra a palavrinha mágica: alinhamento. De todo arsenal de informações que se tem em mãos, o que se deve divulgar, como divulgar? Vamos pegar o exemplo do desempenho da empresa ao longo de um ano X. Não estou falando em ocultar ou mascarar informações. Pelo contrário. Mas é preciso analisar o que, de fato, é relevante para o funcionário saber: quais dados, valores, mensurações afetam diretamente seu dia-a-dia, interferem em seu rendimento? Que informações vão ajudá-lo a reforçar o orgulho de pertencer à organização?

Assim como, em uma entrevista, o jornalista deve editar as informações mais relevantes - ou impactantes, conforme o direcionamento da pauta - a área de Comunicação/Relações Públicas/ Recursos Humanos, etc, também precisa saber filtrar os fatos e números que realmente farão a diferença.

O fato de termos em mãos um número enorme de informações não significa que elas devam, de forma irrestrita, serem mencionadas. Muitas são irrelevantes para todos. Por outro lado, embora não necessitem de ampla divulgação, elas podem ser colocadas à disposição de quem se interessar, nas chamadas "notas de rodapé" do tipo: "Para saber mais, fale com a área X", "Se quiser saber mais informações, escreva para Fulano de tal".

Isso é ser transparente, respeitando a estratégia da organização e, acima de tudo, o funcionário. É informá-lo com objetividade, buscando sua motivação e reforçar o sentido de cada um estar na empresa X, Y ou Z. Ele está ali, ele é importante para a companhia e tudo que lhe é repassado tem um valor, uma relevância. É o que ele deve e precisa saber. Tudo é questão de foco.

É isso aí! Em breve, volto com mais assuntos da nossa tão querida e densa comunicação!

Até a próxima, um abraço!

terça-feira, 7 de abril de 2009

A todos os jornalistas, grandes heróis!

Não poderia deixar de registrar essa data tão importante!
Gostaria de homenagear meus colegas de profissão, em especial, os que fazem parte do meu dia-a-dia e aqueles que trilham esta caminhada de vida junto comigo.
Não citarei nomes, para não correr o risco de esquecer alguém e ser linchada depois! rs...
Mas, desde já desejo a todos os jornalistas muita força, garra, determinação e, acima de tudo, coragem! Que todos os anos possam ser comemorados com muito orgulho de exercer esta profissão que, de fato, é difícil, mas que traz resultados muito além do nível material - novos conhecimentos, aprendizados, contato com gente de todo o tipo, vivências... É um universo riquíssimo do qual sou muito feliz de fazer parte!

Embora muito questionada e até mesmo "reduzida" por vários setores da sociedade, reforço: tenho muito orgulho da profissão, de ser jornalista, de cumprir meu papel de provocar a reflexão, ajudar a formar opiniões (bem como evoluir a minha própria) e aprender...sempre.

Um abraço especial a todos os jornalistas de todas as searas: imprensa, assessores, comunicação corporativa... o importante é fazer a diferença com responsabilidade e paixão!

Até a próxima!




domingo, 5 de abril de 2009

Briefing, esse "desconhecido"

Em mais um tópico na minha tentativa de desvendar os "mistérios" da relação cliente e agência, o protagonista é o briefing. Numa busca rápida pelo Google, encontramos várias definições:

- conjunto de informações passadas em uma reunião para o desenvolvimento de um trabalho;
- roteiro de uma ação para criar a solução que o cliente procura;
- documento que resume metas, diretrizes e ideias para realizar uma campanha, trabalho, ação, produto etc.

Todas elas são válidas e se complementam. Na teoria, é fácil entender e até bonito. "Ter uma bússola para o trabalho", podemos dizer. Mas, na prática, ah... na prática, como pode ser complicado ter um briefing!

Primeiro, porque o cliente sabe o que quer com uma campanha, mas não sabe expressar de que forma. Cabe a agência, no caso, traduzir os meios de executá-la para atingir os resultados esperados. Como fazer isso?

Não tenho fórmula mágica, nem a receita certa. Mas um bom caminho é determinar alguns parâmetros:

1) Objetivo da ação - o que se quer comunicar
2) Público a que se destina
3) Tempo para realização
4) Resultados esperados
5) Orçamento disponível para a ação
6) Histórico do cliente (para direcionar a campanha de forma coerente)
7) Formato da ação (banner, revista, video, blog, jornal, brindes etc)

Tudo isso deve estar contemplado em um cronograma bem detalhado, especificando os prazos para cada atividade. É importante que o cliente, em todos os itens acima, transmita o máximo possível de informações para que a agência ou o profissional que vai desenvolver o trabalho tenha ferramentas, argumentos e dados para pensar no produto/ação/campanha mais adequada.

Um bom briefing é meio caminho andado para o sucesso de qualquer iniciativa. Ele é um planejamento que orienta, mas permite mudanças ao longo do caminho.


Novidades no blog!
Pessoal, a partir da semana que vem, teremos novidades no nosso Questão de Comunicação! Continue acompanhando!

Um abraço e até a próxima,
Regina

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Só adiando...

E, mais uma vez, nada é decidido. Tudo é adiado! 

Segundo matéria publicada no Comunique-se, o procurador geral da República, Antônio Fernando Barros e Silva de Souza defendeu que somente parte da Lei de Imprensa seja revogada, afirmando não se tratar somente da avaliação da constitucionalidade da Lei, mas sim, a própria concepção do estado de direito - discutir a liberdade de imprensa e expressão pressupõe reavaliar os padrões de democracia atuais e ainda pensar em novas formatações, aquilo que se quer construir.

A Associação Brasileira de Imprensa (ABI) já vem se posicionando favoravelmente à revogação total da lei, bem como vê de forma positiva e participação popular na discussão sobre o julgamento da Lei de Imprensa. A entidadeconsidera o código de 1967 incompatível com a Constituiçãoatual.

Enquanto isso, na sala de justiça...
A votação de recurso contra a obrigatoriedade do diploma de jornalista continua indefinida. Foi novamente adiada. Ontem, 4a feira, 1o. de abril, o ministro Gilmar Mendes, relator da ação do Ministério Público que pede a extinção da obrigatoriedade do diploma, informou que o recurso do MPF não poderia ser votado por questões de horário. A data deve ser remarcada ou pode haver a continuação da votação na pauta de hoje, 2 de abril. Aguardemos!


FRASE DO DIA

"Cada gol, era uma punhalada no meu coração"
Maradona, após a goleada da Bolívia por 6 x 1 sobre a Argentina, ontem, 01/04, em La Paz.

Até a próxima!

Um abraço,
Regina