sexta-feira, 10 de abril de 2009

Equilíbrio de visões


Um dos maiores desafios da comunicação interna é conciliar expectativas - tanto do lado do funcionário como de quem dissemina a informação. Ambos têm motivações e demandas específicas.

O funcionário anseia por informação, quer saber o momento real da organização e tirar suas próprias conclusões. Ele quer fatos verídicos, sem rodeios. Quem dissemina a informação, seja a área ou profissional responsável, sabe que é preciso traduzi-la conforme esta necessidade, respeitando também o que deve ser informado.

É um desafio interessante, pois todos têm razão. Ou uma parcela de razão, que seja. Se você tem, por exemplo, um dado a ser divulgado, seja de desempenho da companhia, uma premiação de funcionários, enfim... você precisa informar as pessoas. É um dever. Mas... como fazê-lo de forma coerente, respeitando os princípios, as políticas internas da companhia?

É aí que entra a palavrinha mágica: alinhamento. De todo arsenal de informações que se tem em mãos, o que se deve divulgar, como divulgar? Vamos pegar o exemplo do desempenho da empresa ao longo de um ano X. Não estou falando em ocultar ou mascarar informações. Pelo contrário. Mas é preciso analisar o que, de fato, é relevante para o funcionário saber: quais dados, valores, mensurações afetam diretamente seu dia-a-dia, interferem em seu rendimento? Que informações vão ajudá-lo a reforçar o orgulho de pertencer à organização?

Assim como, em uma entrevista, o jornalista deve editar as informações mais relevantes - ou impactantes, conforme o direcionamento da pauta - a área de Comunicação/Relações Públicas/ Recursos Humanos, etc, também precisa saber filtrar os fatos e números que realmente farão a diferença.

O fato de termos em mãos um número enorme de informações não significa que elas devam, de forma irrestrita, serem mencionadas. Muitas são irrelevantes para todos. Por outro lado, embora não necessitem de ampla divulgação, elas podem ser colocadas à disposição de quem se interessar, nas chamadas "notas de rodapé" do tipo: "Para saber mais, fale com a área X", "Se quiser saber mais informações, escreva para Fulano de tal".

Isso é ser transparente, respeitando a estratégia da organização e, acima de tudo, o funcionário. É informá-lo com objetividade, buscando sua motivação e reforçar o sentido de cada um estar na empresa X, Y ou Z. Ele está ali, ele é importante para a companhia e tudo que lhe é repassado tem um valor, uma relevância. É o que ele deve e precisa saber. Tudo é questão de foco.

É isso aí! Em breve, volto com mais assuntos da nossa tão querida e densa comunicação!

Até a próxima, um abraço!

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