segunda-feira, 16 de março de 2009

A vez dos impressos na comunicação corporativa


Quando surgiu a TV, muito se pregava que seria o fim do rádio. Quando surgiu a Internet, se falou do fim do jornal impresso. As profecias a la Nostradamus do término dos veículos, carregadas de fatalismo, nem sempre procedem. 

O rádio vem se adaptando, buscando outro tipo de informação. Se bem que, dificilmente, a TV consegue ser tão ágil, pelo diferencial de equipamentos - a TV tem um outro nível de exigência. A Internet também dá as notícias em tempo real, mas o jornal vem se tornando um espaço para análise e notícias, até certo ponto, mais aprofundadas.

Enfim, fiz esse "prefácio" para falar sobre a migração para diferentes plataformas também no ambiente corporativo, algo com que lido constantemente em meu trabalho. Converso muito com minhas amigas e colegas a respeito e é difícil concluir alguma coisa efetiva, em tempos de tanta mudança.

Cada vez mais, as empresas têm buscando migrar seus veículos do formato impresso (especialmente de comunicação interna) para a plataforma virtual/eletrônica. Um dos motivos é, certamente, a redução de custos - já que papel e gráfica custam caro e são dispensáveis no universo virtual. Mas há também a alegação de que, por meio de um veículo na Internet, as organizações conseguem atingir um público maior, de forma mais direta, principalmente nos casos de multinacionais, com filiais/sucursais/unidades em diversas regiões do Brasil e até do mundo. A justificativa é o "alinhamento da comunicação em um único canal".

Acho muito válida a consideração e a valorização da Internet como canal de comunicação; deve ser utilizada, sem dúvida. Por outro lado, o jornal impresso ainda ganha pela mobilidade, pela facilidade de disseminação da empresa fora de seus limites "territoriais". Pode-se compartilhar o veículo com familiares, distribuir diretamente ao cliente (se isso for possível), é um portifolio sempre disponível. 

Acredito que o caminho ainda é a diversificação. O jornal (ou revista) impresso traz notícias aprofundadas, que circulam por um mês ou dois, e ajudam os públicos (sejam eles quais forem) a entender a companhia sob uma visão mais profunda; o mural é o canal mais charmoso e eficaz de integração ao meu ver; a intranet ou internet, conforme o caso, traz a notícia em tempo real, a informação mais "crua", mas atualizada; além de broadcasting, blogs, rádios e TVs corporativas. 

No caso da intranet, é um espaço também para armazenamento de dados internos para os funcionários - políticas corporativas, ferramentas, softwares, contatos de fornecedores/clientes/empregados, informações de RH, e por aí vai.

Concentrar tudo em um único meio, seja ele só impresso ou só virtual me parece um pouco equivocado. Afinal, estamos no mundo da facilidade de acesso à informação e, atingir diversos públicos, pressupõe diversidade de veículos. Como já diz o bom e velho ditado: cada macaco no seu galho.

E você, o que acha?

Um abraço,
Regina



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