A chiadeira foi impressionante. Equipes, imprensa e admiradores do esporte espernearam, com toda a sorte de argumentos, declarando-se contrários à mudança. Particularmente, achei meio maluco decidir o campeão por vitórias, porque corria-se o risco de um piloto vencer as cinco primeiras provas do ano, por exemplo, e não mais ser alcançado, deixando-se de premiar pela regularidade. Sou favorável à proposta de ampliar a pontuação para quem vence, aumentando a diferença de pontos para o segundo colocado, como forma de valorizar a vitória.
Mas, independentemente de opiniões, de certo ou errado, o fato é que a fórmula pressão das equipes +repercussão na mídia resultou no recuo da FIA. Tudo voltou a ser como era antes e a nova forma de classificação ficará, a princípio, guardada para 2010, segundo garantiu Bernie Ecclestone, da FOM (Formula One Management) e um dos principais "cartolas" da categoria.
Isso mostra que o poder da mídia é, realmente, massacrante, a ponto de fazer com que uma entidade com a força da FIA (dentro de seu universo, claro), desista de uma modificação apenas três dias depois de anunciá-la. Não podemos desconsiderar também, logicamente, o papel das escuderias, que alegaram que a mudança seria irregular - e de fato, é absurda e unilateral, afinal, desagradou gregos e troianos.
Tudo isso traz à tona a questão da imagem perante o público e às equipes, em menor proporção. Certamente, o board da FIA deve ter levado em conta a repercussão negativa que essa medida geraria para o esporte, por ser tão radical e, principalmente, decidida de forma tão rápida. É um tipo de decisão que requer um debate mais aprofundado.
Como diz o ditado, prudência e canja de galinha não fazem mal a ninguém. Principalmente para quem tem muito a perder com a imagem pública.
Um abraço e até a próxima!
Um comentário:
RÊ,
Parabéns pelo blog! Sucesso!!
Bjs... Dani Mara
Postar um comentário