terça-feira, 24 de março de 2009

Jornalista e relações públicas: parceria imbatível!

Muito se debate sobre qual o profissional mais indicado para trabalhar na comunicação empresarial, se é o jornalista ou o relações públicas. Poderia aqui ficar horas defendendo minha "classe" e falar que o jornalista é o ideal, porque é o profissional que entende da parte prática, sabe produzir os veículos, sabe filtrar a notícia, editar, etc.

Mas, pela experiência, acho que esse ponto de tensão entre jornalista e relações públicas poderia se transformar em parceria. As duas profissões têm muito a ensinar e compartilhar uma com a outra. O RP tem qualidades que, como jornalista, gostaria de ressaltar: uma visão mais ampla da organização, da imagem e da sua reputação. Ele trabalha sob um aspecto mais de planejamento, da estratégia. E isso eu respeito profundamente.

Não é que o jornalista não possa planejar e pensar estrategicamente. Pelo contrário. Acho que todo jornalista, preparado, que estuda a comunicação sob uma ótica de planejamento, pode fazer isso. Como também acho que o RP pode escrever, editar, coordenar veículos, pensar "graficamente".

Eu trabalho em parceria com vários profissionais de Relações Públicas. Até agora, só tenho a agradecer pelo aprendizado e pela visão diferenciada que adquiri. Sempre fui meio contra essa coisa de "guerrinha" entre profissões, "esse lugar aqui é meu", porque sou jornalista ou de marketing. É claro que algumas funções são mais adequadas a um e outro, que um profissional do jornalismo pode também agregar ao RP, do ponto de vista da objetividade, da criatividade em propor pautas, do olhar sensível e crítico na elaboração da notícia. Estamos aqui para isso, certo?

Mas, se trabalhar em parceria, dá para fazer muita coisa. E a comunicação nas empresas é que sai ganhando. E, se a comunicação ganha, todos os profissionais da área ganham junto.

Jornalistas, RPs, publicitários, marketing... é um circulo virtuoso. Talvez seja hora de fazer a corrente para o outro lado, sem rusgas, nem picuinhas, que não levam a nada.

E você, o que pensa a respeito? Se você discordar, fique à vontade. Não estou pregando nem "determinando" nada - divergir é bacana, quando feito de forma saudável, claro.

Um abraço e até a próxima!

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