terça-feira, 7 de julho de 2009

Showneral

Tudo bem, ninguém aguenta mais ouvir falar em Michael Jackson, Thriller, operação no nariz, cor de pele, recorde de vendas, pai maldoso... mas é incrível como a mídia está se esbaldando com o assunto, que rende mais que bolinho de chuva feito pela vovó. Parece criança quando ganha caixa de bombom ou um brinquedo novo. Usa até enjoar...depois, esquece e joga fora. Pode apostar.

Mas, enquanto isso, segue o baile, quer dizer... o enterro... quer dizer, o show!

Um abraço!

Desafios da mudança

Um dos clientes que atendo está passando por um intenso processo de mudança, pois a empresa foi comprada por outra, do mesmo setor. O negócio, a princípio, deixa as pessoas completamente perdidas e atordoadas. Ninguém sabe muito para onde ir, o que fazer.

São duas culturas em transição, tentando se "entender". E não é fácil. Afinal, você se acostumou com um tipo de trabalho, processos específicos... não é do dia para a noite que se consegue adaptar. Se é que é possível se adaptar. Exemplos temos aos montes.

De qualquer forma, eu, como uma espécie de "consultora" de comunicação interna, tenho o papel de compreender e buscar acalmar o cliente. Mostrar para ele que é preciso ter paciência e objetividade nesse momento. Que a comunicação é o grande elo. É ela que abre caminhos, expande os horizontes, clareia as ideias. Temos, acima de tudo, que abrir alas para uma compreensão maior, das oscilações emocionais, porque elas acontecem aos montes nessas horas de instabilidade e incertezas.

É um aprendizado para quem está na empresa e para seus fornecedores, como é meu caso. Todo mundo entra na "dança". Mas, se tivermos disposição e, repito, paciência, o benefício é o melhor possível. Não é dinheiro, status, nada. É o aprendizado e a intensa vivência da difícil arte da convivência e da comunicação.

Eu estou aprendendo... muito! =)

Um abraço!

domingo, 21 de junho de 2009

Sobre STF, diploma que caiu e afins


Pois é, o assunto da última semana foi o fim da obrigatoriedade do diploma para exercer o jornalismo. Muitos amigos e colegas jornalistas estão revoltados - com razão, mas não vejo motivo para tanto alarde.

Acho que as faculdades não vão sumir, vão se adaptar. Os cursos formarão profissionais mais aptos e preparados. Vamos e convenhamos: tem muita faculdade aí fundo de quintal também que não prepara ninguém, e as redações são invadidas por "pseudo-profissionais" que nem escrever ou falar direito sabem.

Por outro lado, foi de extrema infelicidade a comparação do Exmo. Sr. Gilmar Mendes com a digna profissão de chef ou cozinheiro. Primeiro, a exemplo do ótimo comentário do Gilberto Dimenstein na Folha de hoje: um chef não sobrevive muito tempo na profissão sem diploma - afinal, há cursos famosíssimos, no SENAC e outras escolas renomadas de culinária.

Fora isso, publico aqui uma entrevista que fiz com um grande amigo, advogado, defensor da liberdade de expressão e, acima de tudo, do jornalismo como balizador de uma sociedade mais consciente e aberta. Trago uma visão de fora, que sempre traz algo para reflexão.

O futuro do jornalismo, para um não-jornalista
Hélio Souza, advogado, de Salvador (BA)

Como advogado, como avalia o papel do jornalista para a sociedade?
Constitucionalmente, a liberdade de imprensa é a garantia da Democracia e o jornalista tem uma função vital na defesa das instituições, na representção da opinião pública e na resistência ao arbítrio. Ao longo de duas décadas após a redemocratização, tem papel essencial nos grandes eventos que moldaram nossa democracia.

Como você recebeu a notícia da decisão do Supremo Tribunal Federal de eliminar a obrigatoriedade do diploma para o exercício da profissão?
Creio que o STF procurou proteger a liberdade de expressão, o direito adquirido de profissionais que se tornaram uma referência para o exercício do jornalismo, a despeito da lacuna da ausência de formação jornalística. Mas acredito que o STF não impediu que haja regulamentação para proteger áreas específicas do exercício jornalístico.

Qual seria uma alternativa de regulamentação?
A exigência de um exame para o exercício da profissão nos moldes já existentes na área jurídica e na contábil, por exemplo.

Mas haveria a necessidade de um diploma específico?
Sim, em áreas de atuação extremamente específicas, deveria haver não só o diploma, como, reforço, a aprovação em um exame rigoroso que avaliasse a capacidade para o exercício profissional. Áreas em que não houvesse violação ao princípio do livre exercício de opinião, consagrado pelo STF, e que os conselhos da área jornalística definissem como estritamente técnicas e, consequentemente, como restritas a profissionais com formação jornalística e aprovação em exame de carreira. Na minha área, por exemplo, quando os rábulas foram abolidos, os rábulas antigos foram anistiados [nota da redação: rábulas ou provisionados, no Brasil, eram os antigos advogados sem formação acadêmica em Direito, que conseguiam autorização do Judiciário, no período imperial, ou da entidade de classe, para exercer, em primeira instância, a postulação em juízo. Fonte: wikipedia]

Como seria não violar o livre exercício de opinião?
Na prática, todo cidadão tem o direito de se expressar. Para você ter ideia, jornais não demandam concessão, como rádios ou emissoras de TV. Você pode abrir um jornal livremente e dizer o que quiser, se responsabilizando apenas por declarações que afetem a honra, que sejam racistas etc.

Você crê na necessidade de uma formação específica em comunicação?
Sem dúvida. Volto a mencionar essa necessidade em áreas específicas de atuação jornalística. A formação e a aprovação em exame profissional rigoroso são uma defesa da sociedade contra o arbítrio, contra o uso indevido da comunicação, bem como uma garantia firmadora da democracia plena e do Direito Constitucional de acesso à informação.

Como você vê a manifestação dos profissionais da área?
A reação é legítima devido à preocupação com o esgotamento da profissão jornalística. As faculdades, por outro lado, tendem a se adaptar ao mercado, abandonando um viés ideólogico que tem afastado muitos profissionais da efetiva atuação.

Você acredita no esgotamento da profissão?
Enquanto houver opinião pública, linguagem, comunicação, haverá campo para atuação jornalística, ela não se esgota pela liberdade de expressão, pelo contrário, torna-se ainda mais forte.


E você, o que achou da medida? Mande sua opinião para o e-mail do blog, que será publicada - questaodecomunicacao@gmail.com.

O canal está aberto!

Abraços e até a próxima,
Regina Valente

terça-feira, 26 de maio de 2009

Parênteses para a amizade

Já que, como diz o ditado, quem não se comunica, se estrumbica, quero dar a dica de dois sites bacanas, de duas amigas super empreendedoras, em áreas totalmente distintas.

Quero falar aqui de um ótimo trabalho, com uma equipe de primeira, no site Futebol para Meninas. Mas não se engane: não é um site sobre maquiagem ou moda para ir ao estádio, é um lugar de informação, com um toque feminino de quem entende do assunto. Visitem, comentem e prestigiem esse ótimo trabalho, que tem, entre os integrantes do time, minha querida amiga Luciane de Castro.

Dia dos namorados vem aí!
Aproveitando que 12 de junho está próximo, outro link superlegal é o da Truferia, da minha amiga jornalista Marília Andrade. Ela se divide entre as palavras e os chocolates. Tem modelos para todos os gostos, bolsos e ocasiões! Vale a pena... Eu já fiz minha encomenda, e assino embaixo!

Adendo final
Tirei nota A no trabalho de conclusão da pós-graduação. Estou bem feliz! E agora, rumo a novos objetivos. Afinal, como diz José Simão - quem fica parado é poste!

É isso aí, até a próxima!
Abraços,
Regina

domingo, 24 de maio de 2009

Futebol é uma questão de comunicação


Como eu sou fã do "esporte bretão" (eta clichê véio de guerra! rs) e da comunicação, tento sempre unir as duas paixões... E hoje o dia está bem propício para tal!

Pode parecer óbvio, mas, assistindo Palmeiras x São Paulo, agora no Palestra Itália (0 x 0 até o momento), me convenço de que há certas coisas que só a comunicação resolve. Se, na vida pessoal, o dialógo é uma boa alternativa em grande parte dos conflitos familiares, e no universo corporativo, a comunicação interna transforma o entendimento dos funcionários sobre seu papel na empresa, diria que, no futebol, ela é uma estratégia fundamental que faz a diferença entre vencedores e derrotados.

Vamos pegar como exemplo a zaga do Palmeiras (vou analisar meu time, para ser mais coerente) ao se posicionar quando o São Paulo vai cobrar escanteio: estão ali, entre outros jogadores, Danilo, Mauricio Ramos e Marcão, além, claro, do goleiro Marcos e outros jogadores de apoio. Qual o papel dos defensores? Posicionar-se de forma que os adversários não cheguem na bola, e tenham ainda vantagem na hora de tirar a pelota da área, certo?

O que acontece, no caso do alviverde é que os zagueiros ficam ali, olhando para a bola, para o céu, para o outro, meio que sem saber o que fazer e para onde ir. E isso acontece por um motivo simples: eles não conversam! Ou seja, não se comunicam em jogo. E, no futebol, uma frase não dita na hora H pode ser a causadora do gol que elimina o time de uma competição.

O zagueiro, o goleiro, enfim, os defensores, devem avisar os meias e atacantes sobre seu correto posicionamento, por ter uma visão privilegiada do time em campo. O atacante precisa comunicar o "setor central" sobre como prefere a bola, para onde tocar... No topo dessa hierarquia está o técnico, que tem, entre suas tarefas, lembrar constantemente seus comandados de que eles devem se falar a todo tempo.

Comunicar-se durante a partida é uma tática tão relevante quanto os esquemas mais eficientes, como um 3-5-2 ou 4-4-2. Por isso, sugiro ter um "3-5-2-C", com o C de comunicação. Ou ainda, que tal um 4-4-2-C? Assim, os jogadores incorporariam melhor a importância dessa letra para o sucesso do time.

Um abraço e até a próxima,
Regina

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Gerações e sopa de letras


Primeiro de tudo: pessoal, desculpe pela minha displicência, não atualizei o blog com tanta frequência nos últimos tempos, mas isso já mudou! 

Voltando ao nosso debate sobre a comunicação, queria deixar a dica do Pão com Manteiga, promovido e organizado pela KlaumonForma, agência onde trabalho. Na edição mais recente, recebemos a visita do consultor Rodrigo Cogo, RP especializado em mídias digitais. O tema não poderia ter sido mais atual e interessante: como as empresas estão se adaptando à nova era digital na comunicação interna, de que forma o funcionário trabalha isso e atua como disseminador da notícia, das informações!

Já que o texto sobre o evento é de minha "autoria", posso pincelar aqui alguns trechos que considero mais interessantes, vamos lá!

Como incentivar os funcionários a incorporar as ferramentas da Web 2.0?
Afinal, é preciso se preparar para um cenário multimídia, que as empresas adotarão em médio prazo. Na opinião do consultor, é preciso estimular os funcionários a terem blogs individuais, a se comunicarem via torpedo, entre outras formas. Para que se implante um processo digital na empresa é preciso que esta demanda venha das próprias equipes. “Os funcionários devem ser sempre os protagonistas, para que o trabalho deles seja valorizado”, completa Rodrigo. Segundo o RP, as ferramentas colaborativas mais comuns são os programas on-line, social bookmarkings, microblogs como Twitter,
 Wikis (como a Wikipedia), Mundos Virtuais (Second Life, Games e RPG), Jornalismo Open Source e Rating (em que as pessoas classificam fatos, produtos e serviços, servindo como referência), além das TVs corporativas.

Por outro lado, os veículos de comunicação interna devem se complementar com os meios digitais. “A informação na web 2.0 pode ser muito efêmera e, muitas vezes, vale um reforço no mural ou outros canais da organização”, exemplifica Rodrigo. Na visão do consultor, o papel do profissional de comunicação é justamente provocar a reflexão a partir de uma informação mais aprofundada para o funcionário, que tem atitude menos passiva, está mais informado e, cada vez mais, se interessa pela tecnologia. “Afinal, vivemos em uma sociedade de transparência, cada vez mais focada no poder da inteligência coletiva e, acima de tudo, que vê na inovação um de seus principais ativos”, conclui.

Claro que este é um cenário em construção, e que deve levar alguns anos para se consolidar. Porém, as organizações não podem fingir que não há nada acontecendo, em especial aquelas cuja cultura interna é mais conservadora. O mundo é real, mas cada vez mais digital!

Um abraço e até a próxima!
Regina



sábado, 16 de maio de 2009

De volta!

Olá pessoal! Estou de volta após merecidas férias e descanso, para continuarmos nossas discussões e questionamentos aqui no Questão de Comunicação!

Muita coisa tem acontecido e invadido os noticiários. Em escala global, a gripe suína é o que domina, e, aqui em São Paulo, a lei antitabaco tem atraído os olhares do público e trazido diversas indagações.

No quesito gripe A (H1N1, para não prejudicar os produtores de carne de porco...), me chamou a atenção o imbróglio diplomático criado com o México e o preconceito que vem junto disso. Países vetaram voos vindos do país da América do Norte e muitos norteamericanos defenderam, inclusive, o fechamento da fronteira entre as duas nações.

Eu sou absolutamente contra essa última medida em especial. Quanto ao veto de voos vindos do México, é até compreensível, porém, não justificável, uma vez que pessoas contaminadas pela gripe podem ter partido do México por outros caminhos, escalas e conexões. Em um mundo tão globalizado, é humanamente impossível segurar a disseminação - para o bem e para o mal. Dá para conter, segurar, mas evitar... não acredito nisso, não.

Por outro lado, o preconceito com as pessoas que contraíram a doença é repugnante, como se eles fossem culpados por uma epidemia, uma pandemia. Falta um pouco de humanidade nessa hora. Muito em breve já teremos vacinas disponíveis, as chances de cura e tratamento são claras e suficientes. E, no mais, o preconceito por si só é injustificável.

Enquanto isso, na sala de justiça, tem farra das passagens aéreas, tem deputado se lixando para o povo, castelo, e governadora na mira da CPI no Rio Grande do Sul... ê Brasil véio de guerra!

Até a próxima e um grande abraço,
Regina

domingo, 19 de abril de 2009

O "lado B" do marketing viral

Dando sequência ao tema, acabo de ler uma matéria no Portal Terra sobre um vídeo de uma loja de uma rede fast-food americana, em que um de seus funcionários aparece em uma situação nada agradável - passando os alimentos, como queijo, pão etc, dentro do nariz, e soltando muco nasal nos alimentos. O vídeo caiu no Youtube e, pasmem, tem a "narração" de outra colega.

A cena gerou tamanha polêmica nos Estados Unidos que o presidente da rede se viu obrigado a enfrentar uma crise de imagem sem precedentes na empresa. Publicou um vídeo em que responde às perguntas dos consumidores e se coloca "à disposição", por assim dizer.

Esta é outra demonstração do poder do marketing viral e de como a internet pode destruir a reputação de uma empresa em questão de momentos.

Os funcionários, certamente, deverão sofrer as consequências. Mas, o grande questionamento é: dá para reverter a imagem negativa que acaba resvalando na empresa? Como fazer com que o consumidor acredite na companhia e em sua marca?

Complicado, muito complicado. A organização é composta por funcionários, e suas atitudes refletem sua reputação - desde a forma como se vestem, a postura, o comportamento como um todo. Os profissionais são o espelho da empresa, por isso, como diz o ditado, todo cuidado é pouco.

Abraços e até a próxima!




sexta-feira, 17 de abril de 2009

O caso da escocesa

O assunto da semana na internet é a aparição da escocesa Susan Boyle no programa Britain's Got Talent, a versão inglesa do American Idol. Susan, 47 anos, é desempregada e mora em um vilarejo na Escócia e trabalha como voluntária em sua comunidade. Até aí, nada demais.

O fato é que ela teve de contar com o preconceito e a desconfiança de toda a platéia no dia de sua apresentação no programa britânico pelo simples fato de sua aparência ser, digamos, fora do "padrão" socialmente aceito. Pois Susan não se incomodou com nada disso, e no sábado, 11 de abril, encarou os jurados, considerados "carrascos" por seu nível de exigência com relação aos candidatos e fez bonito. Fez bonito não, fez uma maravilha! Logo ao cantar as primeiras palavras, ouviu-se uma voz de fazer inveja a qualquer diva internacional. Agora, só se fala disso nos meios eletrônicos. "Você já viu esse video da escocesa cantando?"

Pois é. Susan mostrou que tabus e preconceitos estão aí para serem totalmente quebrados. Tudo bem, a frase é super clichê, mas não pude pensar em nada mais elaborado. Ela realmente deixou todos estupefatos diante de um talento que torna a questão estética um detalhe tão insignificante que passa a ser até esquecido. Após sua apresentação (veja o vídeo completo, com tradução em português, clicando aqui), não só os jurados, como toda a plateia presente no dia aplaudiu a dona de casa de pé. E foi pouco.

Esse tipo de evento mostra, primeiramente, como ainda engatinhamos em temas complexos como aparência, preconceito e julgamento. Mas, ao mesmo tempo, nos dá um alento, do poder da comunicação na era digital. Afinal, em poucas horas - talvez minutos, até - o vídeo de Susan Boyle já havia corrido meio mundo e tornado-se destaque de diversos veículos do grande público. Talvez tenha sido um exemplo claríssimo de marketing viral, e de como ele atinge proporções inimagináveis - quando o produto é bom, claro! Bom aqui ganha várias conotações, mas no caso da escocesa, significa talento, qualidade, com o diferencial da surpresa da ocasião.

Foi realmente algo fantástico, do ponto de vista da comunicação. Já sob o aspecto emocional, não tenho nem o que dizer, foi espetacular!

Um abraço e até a próxima!

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Qual é a melhor fonte?


Em veículos de comunicação corporativa, um item importante a se considerar é o tipo de fonte que vamos utilizar para obter informações e preparar as reportagens.

Estamos falando de publicações muito específicas que, em geral, não são dirigidas à grande massa. Trata-se de um público segmentado que, na maior parte das vezes, é ainda mais exigente com a informação. Seja funcionário, diretor ou um mercado em especial, estamos lidando com uma fatia da população que sabe do que estamos falando.

Por isso, todo critério é pouco na hora de selecionar uma fonte. É preciso se preocupar não só com o conteúdo, mas também com a forma. Isto é: a fonte tem de ser fidedigna e gabaritada, principalmente se o foco do veículo for um público de um mercado mais tradicional/conservador, por exemplo. São pessoas muito ligadas nesta questão de formação e currículo.

Em áreas mais novas, ou quando falamos em inovação, muitas vezes, o que mais conta é o que o profissional/fonte fez ou realizou, do que exatamente sua formação acadêmica. Não que isso não seja relevante - pelo contrário - , mas não é determinante. Conta, de fato, o lado empreendedor, o que serve como exemplo, como inspiração para novas ideias. Podemos dizer que é uma "fonte benchmarking"!

O importante é adequar o profissional à publicação e ao público. Considere sempre o seguinte:
1) Mercado em que a empresa que publica o veículo atua - público ou privado
2) Tipo de atividade - atacado, varejo, finanças...etc...
3) Perfil da organização - tradicional, ousada, moderna, conservadora, em expansão, em um momento de corte de custos? Procure fontes que possam falar um discurso adequado ao momento. De nada adianta uma fonte com visão moderna, para quebrar paradigmas, se na empresa ainda prevalece, um sistema com hierarquia rígida, conservadorismo. É preciso primeiro mudar a cultura organizacional - o que, convenhamos, leva um certo tempo. Aos poucos, vamos trabalhando com fontes mais inovadoras, digamos.
4) Perfil da fonte - área de atuação, em que assunto é especialista, formação acadêmica/universitária, projetos de destaque, forma de abordagem, linguagem que utiliza, idade (pois é, até isso pode contar, de acordo com a empresa... Lembre-se: você tem que adequar tudo para seu público, para que a comunicação surta o efeito desejado!).

Não que você deva ficar engessado. Vez ou outra, uma dose de ousadia é super bem vinda. Mesmo se você tiver liberdade, ousar toda hora também não é lá muito adequado. Balancear é sempre um caminho mais seguro para a comunicação funcionar e as pessoas absorverem os conteúdos. O segredo é equilibrar para não ficar fora do tom!

Um abraço e até a próxima!
Regina 

domingo, 12 de abril de 2009

Feliz Páscoa e Semifinais do Paulistão


Este é um típico post de domingo, sem muitas notícias bombásticas... apenas para desejar a todos uma Páscoa cheia de paz, e que a alegria possa crescer cada vez mais em todos os corações. Que cada pessoa tenha a determinação para buscar seus objetivos e amor para expressar seus sentimentos!

E agora, relaxando neste domingão de Páscoa, assisto Corinthians x São Paulo, sem torcida definida. Meu Verdão já começou perdendo ontem para o Santos, mas ainda temos outra partida. Se, na comunicação a gente deve ser persistente e paciente, no futebol... Idem! rs...

Um abraço e até a próxima!
Regina

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Equilíbrio de visões


Um dos maiores desafios da comunicação interna é conciliar expectativas - tanto do lado do funcionário como de quem dissemina a informação. Ambos têm motivações e demandas específicas.

O funcionário anseia por informação, quer saber o momento real da organização e tirar suas próprias conclusões. Ele quer fatos verídicos, sem rodeios. Quem dissemina a informação, seja a área ou profissional responsável, sabe que é preciso traduzi-la conforme esta necessidade, respeitando também o que deve ser informado.

É um desafio interessante, pois todos têm razão. Ou uma parcela de razão, que seja. Se você tem, por exemplo, um dado a ser divulgado, seja de desempenho da companhia, uma premiação de funcionários, enfim... você precisa informar as pessoas. É um dever. Mas... como fazê-lo de forma coerente, respeitando os princípios, as políticas internas da companhia?

É aí que entra a palavrinha mágica: alinhamento. De todo arsenal de informações que se tem em mãos, o que se deve divulgar, como divulgar? Vamos pegar o exemplo do desempenho da empresa ao longo de um ano X. Não estou falando em ocultar ou mascarar informações. Pelo contrário. Mas é preciso analisar o que, de fato, é relevante para o funcionário saber: quais dados, valores, mensurações afetam diretamente seu dia-a-dia, interferem em seu rendimento? Que informações vão ajudá-lo a reforçar o orgulho de pertencer à organização?

Assim como, em uma entrevista, o jornalista deve editar as informações mais relevantes - ou impactantes, conforme o direcionamento da pauta - a área de Comunicação/Relações Públicas/ Recursos Humanos, etc, também precisa saber filtrar os fatos e números que realmente farão a diferença.

O fato de termos em mãos um número enorme de informações não significa que elas devam, de forma irrestrita, serem mencionadas. Muitas são irrelevantes para todos. Por outro lado, embora não necessitem de ampla divulgação, elas podem ser colocadas à disposição de quem se interessar, nas chamadas "notas de rodapé" do tipo: "Para saber mais, fale com a área X", "Se quiser saber mais informações, escreva para Fulano de tal".

Isso é ser transparente, respeitando a estratégia da organização e, acima de tudo, o funcionário. É informá-lo com objetividade, buscando sua motivação e reforçar o sentido de cada um estar na empresa X, Y ou Z. Ele está ali, ele é importante para a companhia e tudo que lhe é repassado tem um valor, uma relevância. É o que ele deve e precisa saber. Tudo é questão de foco.

É isso aí! Em breve, volto com mais assuntos da nossa tão querida e densa comunicação!

Até a próxima, um abraço!

terça-feira, 7 de abril de 2009

A todos os jornalistas, grandes heróis!

Não poderia deixar de registrar essa data tão importante!
Gostaria de homenagear meus colegas de profissão, em especial, os que fazem parte do meu dia-a-dia e aqueles que trilham esta caminhada de vida junto comigo.
Não citarei nomes, para não correr o risco de esquecer alguém e ser linchada depois! rs...
Mas, desde já desejo a todos os jornalistas muita força, garra, determinação e, acima de tudo, coragem! Que todos os anos possam ser comemorados com muito orgulho de exercer esta profissão que, de fato, é difícil, mas que traz resultados muito além do nível material - novos conhecimentos, aprendizados, contato com gente de todo o tipo, vivências... É um universo riquíssimo do qual sou muito feliz de fazer parte!

Embora muito questionada e até mesmo "reduzida" por vários setores da sociedade, reforço: tenho muito orgulho da profissão, de ser jornalista, de cumprir meu papel de provocar a reflexão, ajudar a formar opiniões (bem como evoluir a minha própria) e aprender...sempre.

Um abraço especial a todos os jornalistas de todas as searas: imprensa, assessores, comunicação corporativa... o importante é fazer a diferença com responsabilidade e paixão!

Até a próxima!




domingo, 5 de abril de 2009

Briefing, esse "desconhecido"

Em mais um tópico na minha tentativa de desvendar os "mistérios" da relação cliente e agência, o protagonista é o briefing. Numa busca rápida pelo Google, encontramos várias definições:

- conjunto de informações passadas em uma reunião para o desenvolvimento de um trabalho;
- roteiro de uma ação para criar a solução que o cliente procura;
- documento que resume metas, diretrizes e ideias para realizar uma campanha, trabalho, ação, produto etc.

Todas elas são válidas e se complementam. Na teoria, é fácil entender e até bonito. "Ter uma bússola para o trabalho", podemos dizer. Mas, na prática, ah... na prática, como pode ser complicado ter um briefing!

Primeiro, porque o cliente sabe o que quer com uma campanha, mas não sabe expressar de que forma. Cabe a agência, no caso, traduzir os meios de executá-la para atingir os resultados esperados. Como fazer isso?

Não tenho fórmula mágica, nem a receita certa. Mas um bom caminho é determinar alguns parâmetros:

1) Objetivo da ação - o que se quer comunicar
2) Público a que se destina
3) Tempo para realização
4) Resultados esperados
5) Orçamento disponível para a ação
6) Histórico do cliente (para direcionar a campanha de forma coerente)
7) Formato da ação (banner, revista, video, blog, jornal, brindes etc)

Tudo isso deve estar contemplado em um cronograma bem detalhado, especificando os prazos para cada atividade. É importante que o cliente, em todos os itens acima, transmita o máximo possível de informações para que a agência ou o profissional que vai desenvolver o trabalho tenha ferramentas, argumentos e dados para pensar no produto/ação/campanha mais adequada.

Um bom briefing é meio caminho andado para o sucesso de qualquer iniciativa. Ele é um planejamento que orienta, mas permite mudanças ao longo do caminho.


Novidades no blog!
Pessoal, a partir da semana que vem, teremos novidades no nosso Questão de Comunicação! Continue acompanhando!

Um abraço e até a próxima,
Regina

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Só adiando...

E, mais uma vez, nada é decidido. Tudo é adiado! 

Segundo matéria publicada no Comunique-se, o procurador geral da República, Antônio Fernando Barros e Silva de Souza defendeu que somente parte da Lei de Imprensa seja revogada, afirmando não se tratar somente da avaliação da constitucionalidade da Lei, mas sim, a própria concepção do estado de direito - discutir a liberdade de imprensa e expressão pressupõe reavaliar os padrões de democracia atuais e ainda pensar em novas formatações, aquilo que se quer construir.

A Associação Brasileira de Imprensa (ABI) já vem se posicionando favoravelmente à revogação total da lei, bem como vê de forma positiva e participação popular na discussão sobre o julgamento da Lei de Imprensa. A entidadeconsidera o código de 1967 incompatível com a Constituiçãoatual.

Enquanto isso, na sala de justiça...
A votação de recurso contra a obrigatoriedade do diploma de jornalista continua indefinida. Foi novamente adiada. Ontem, 4a feira, 1o. de abril, o ministro Gilmar Mendes, relator da ação do Ministério Público que pede a extinção da obrigatoriedade do diploma, informou que o recurso do MPF não poderia ser votado por questões de horário. A data deve ser remarcada ou pode haver a continuação da votação na pauta de hoje, 2 de abril. Aguardemos!


FRASE DO DIA

"Cada gol, era uma punhalada no meu coração"
Maradona, após a goleada da Bolívia por 6 x 1 sobre a Argentina, ontem, 01/04, em La Paz.

Até a próxima!

Um abraço,
Regina 



segunda-feira, 30 de março de 2009

Água mole em pedra dura...


... tanto bate até que fura. Inclusive na comunicação! E, ainda mais, na comunicação com a liderança.

Volto ao tema, que acho muito bacana e pontual. Cada vez mais, as lideranças nas empresas pedem, ainda que inconscientemente, por um suporte de comunicação. Liderar, gerenciar e focar em resultados está se tornando uma tarefa cada dia mais complexa. Lidar com gente, que pensa, sente, opina, ama, odeia, entre tantas outras nuances de emoção, é difícil. Tudo bem que o aprendizado é incrível (principalmente para o líder), mas... dá trabalho conciliar tantas expectativas e exigências.

Por isso, é preciso, um trabalho de comunicação muito específico com líderes/gestores. Estou fazendo uma matéria para uma revista de um cliente (para público interno) justamente sobre isso. Na verdade, não é exatamente a comunicação com a liderança, mas como treinar os gestores para que sejam, de fato, multiplicadores da informação. Eles devem disseminar processos, dados, fatos e eventos para a equipe, de forma clara, coerente e, acima de tudo, interessante.

Dessa comunicação depende, em boa parte, o resultado da área que se comanda. Que dureza, não? Mas... por outro lado, o retorno costuma ser gratificante, porque o líder quer informação, ele busca treinamentos, cursos, novidades. Não vou entrar no mérito do perfil do líder, porque isso pouco interfere; em geral, o líder quer saber mais, porque ele tem consciência de que o conhecimento é que faz com que ele tenha mais ferramentas para conduzir sua equipe.

O papel da comunicação é sensacional: fazer com que os gestores transmitam as mensagens, com assuntos de domínio deles próprios, de forma simples e eficaz. É um desafio e tanto, que exige adaptação e coordenação do que se vai dizer para o público-alvo, reforçar a sensibilidade dos líderes no olhar, nas expressões do rosto e como o corpo também fala - toda a linguagem não-verbal.

E em tempos de crise, comunicar é ainda mais vital. Ser transparente é multiplicar a informação certa, na hora certa, do jeito certo. E para isso, é preciso ser persistente e - por que não? -insistente!

Abraços e até mais!
Regina 

sábado, 28 de março de 2009

Energias renovadas


Este é um post sem qualquer vínculo com a comunicação corporativa ou imprensa. Diria que é comunicação musical...rs...

Ontem tive o prazer de ir ao show do Zeca Pagodinho no Credicard Hall com minha amiga Mariana. Foi ótimo, uma energia incrível e samba de primeira, ou como costumo brincar, "Pagode de raiz"...rs...

Valeu muito!

Agora vou me inspirar para os próximos posts...rs...

Um super abraço com muito samba no pé!

sexta-feira, 27 de março de 2009

A difícil arte de atender expectativas

Em meu dia-a-dia de trabalho, sempre converso com minhas companheiras de redação sobre quão complexa pode ser essa questão do relacionamento com o cliente. Aliás, este tópico surgiu justamente de uma conversa com minha amiga e superjornalista Marta Curti (vamos dar os créditos a quem lhes é de direito! rs...).

Digo "pode ser" porque há uma série de fatores envolvidos nessa relação, a saber:

1) Perfil do profissional da empresa (responsável por comunicação)
2) Estilo de trabalho do prestador de serviço
3) Cultura da organização (sempre um desafio!)
4) Tipo de produtos (veículos, campanhas, atendimento in company etc)

Certamente, há outros tópicos a serem listados, mas me atenho nesses por considerar que são os mais determinantes no desenrolar da relação cliente e agência. Vamos falar de cada um deles, então. Afinal, o jeito como cada profissional (jornalista, RPs, marketing etc) lida com esses itens é que orientará o relacionamento. Let's go!

Perfil do profissional da empresa 
A área de comunicação ainda não tem um perfil específico como o de finanças, jurídico, marketing. Muitas vezes, nos deparamos com profissionais de Recursos Humanos, Marketing e, claro, Relações Públicas e Jornalismo, cuidando da comunicação corporativa. 
É importante ter isso bem claro, porque a formação profissional tem estreita ligação com a postura e a visão do funcionário sobre o assunto - e uma tendência a determinados assuntos. O papel do prestador de serviço é justamente trazer o contraponto e buscar a harmonização das notícias internas, por exemplo, respeitando o perfil do cliente (funcionário).

Estilo de trabalho do prestador de serviço
Existem agências e agências. Embora o cliente espere (com razão) que a empresa contratada execute o trabalho conforme a cultura da organização, há de se levar em conta que a agência também tem sua própria cultura. Isso significa, no início, uma relação de tolerância e adaptação, até que a empresa entenda o fluxo da agência e vice-versa e se atinja um denominador comum (sim, isso é possível!). Lembrando que é uma relação de parceria. Difícil, cheia de nuances, mas é assim mesmo. Afinal, só o tempo faz com que as pessoas se conheçam verdadeiramente.

Cultura da organização 
Aqui é o trabalho mais árduo do prestador de serviço: entender, absorver e incorporar, na medida certa, a cultura da empresa, seus valores, missão, estilo, como se estrutura, sistema hierárquico, como se processa a comunicação interna e as mensagens "intuitivas" (se a empresa exige formalidades desde vestuário, por exemplo, já é um sinal claro de como funciona internamente e isso deve ser compreendido e respeitado). Por outro lado, nessa dança das cadeiras do atendimento, a parte boa é que fica mais fácil se adaptar a uma ou outra cultura, seja ela mais flexível ou rígida.

Reforço que não existe certo nem errado, mas culturas de uma forma ou de outra. O papel do profissional de comunicação que vai prestar serviços a uma organização é entender e ser parceiro, conforme o cenário estabelecido. As mudanças podem acontecer conforme o nível de confiança entre as duas partes.

Tipo de produtos (veículos, campanhas esporádicas/fixas, atendimento in company etc)
Ou seja, conforme o contrato firmado, há um nível maior ou menor de interferência da agência no dia-a-dia da empresa. Isso quer dizer: se a agência vai cuidar de toda a comunicação interna, por exemplo, certamente terá um contato muito mais denso com os funcionários (seja para entrevistas, aprovação de materiais, coleta de informações, pesquisas etc). Isso facilita e agiliza, sem dúvida, o relacionamento cliente-agência. Por outro lado, também é possível estabelecer uma parceria com base na confiança, mesmo com uma produção limitada. A diferença é que vai levar mais tempo e exigirá maior paciência de ambas as partes. 

O importante é que as pessoas pensem nessa relação como uma parceria, não como uma hierarquia, em que cada profissional colabora para que a comunicação seja eficiente, estratégica (sim, é clichê! rs...) e, acima de tudo, desenvolva e reforce, cada vez mais, a importância do relacionamento humano nas organizações.

Até a próxima!

Um abraço,
Regina




terça-feira, 24 de março de 2009

Jornalista e relações públicas: parceria imbatível!

Muito se debate sobre qual o profissional mais indicado para trabalhar na comunicação empresarial, se é o jornalista ou o relações públicas. Poderia aqui ficar horas defendendo minha "classe" e falar que o jornalista é o ideal, porque é o profissional que entende da parte prática, sabe produzir os veículos, sabe filtrar a notícia, editar, etc.

Mas, pela experiência, acho que esse ponto de tensão entre jornalista e relações públicas poderia se transformar em parceria. As duas profissões têm muito a ensinar e compartilhar uma com a outra. O RP tem qualidades que, como jornalista, gostaria de ressaltar: uma visão mais ampla da organização, da imagem e da sua reputação. Ele trabalha sob um aspecto mais de planejamento, da estratégia. E isso eu respeito profundamente.

Não é que o jornalista não possa planejar e pensar estrategicamente. Pelo contrário. Acho que todo jornalista, preparado, que estuda a comunicação sob uma ótica de planejamento, pode fazer isso. Como também acho que o RP pode escrever, editar, coordenar veículos, pensar "graficamente".

Eu trabalho em parceria com vários profissionais de Relações Públicas. Até agora, só tenho a agradecer pelo aprendizado e pela visão diferenciada que adquiri. Sempre fui meio contra essa coisa de "guerrinha" entre profissões, "esse lugar aqui é meu", porque sou jornalista ou de marketing. É claro que algumas funções são mais adequadas a um e outro, que um profissional do jornalismo pode também agregar ao RP, do ponto de vista da objetividade, da criatividade em propor pautas, do olhar sensível e crítico na elaboração da notícia. Estamos aqui para isso, certo?

Mas, se trabalhar em parceria, dá para fazer muita coisa. E a comunicação nas empresas é que sai ganhando. E, se a comunicação ganha, todos os profissionais da área ganham junto.

Jornalistas, RPs, publicitários, marketing... é um circulo virtuoso. Talvez seja hora de fazer a corrente para o outro lado, sem rusgas, nem picuinhas, que não levam a nada.

E você, o que pensa a respeito? Se você discordar, fique à vontade. Não estou pregando nem "determinando" nada - divergir é bacana, quando feito de forma saudável, claro.

Um abraço e até a próxima!

domingo, 22 de março de 2009

Em três dias, tudo mudou na F1

Nos sites e jornais de hoje, inúmeras são as referências ao recuo da Federação Internacional de Automobilismo (FIA) com relação à mudança no regulamento da F1. Primeiro, a entidade que regula a categoria mais charmosa do automobilismo, divulga que mudou as regras de classificação, e o vencedor da temporada passaria a ser o piloto com maior número de vitórias. Os pontos seriam utilizados como critério de desempate.

A chiadeira foi impressionante. Equipes, imprensa e admiradores do esporte espernearam, com toda a sorte de argumentos, declarando-se contrários à mudança. Particularmente, achei meio maluco decidir o campeão por vitórias, porque corria-se o risco de um piloto vencer as cinco primeiras provas do ano, por exemplo, e não mais ser alcançado, deixando-se de premiar pela regularidade. Sou favorável à proposta de ampliar a pontuação para quem vence, aumentando a diferença de pontos para o segundo colocado, como forma de valorizar a vitória.

Mas, independentemente de opiniões, de certo ou errado, o fato é que a fórmula pressão das equipes +repercussão na mídia resultou no recuo da FIA. Tudo voltou a ser como era antes e a nova forma de classificação ficará, a princípio, guardada para 2010, segundo garantiu Bernie Ecclestone, da FOM (Formula One Management) e um dos principais "cartolas" da categoria.

Isso mostra que o poder da mídia é, realmente, massacrante, a ponto de fazer com que uma entidade com a força da FIA (dentro de seu universo, claro), desista de uma modificação apenas três dias depois de anunciá-la. Não podemos desconsiderar também, logicamente, o papel das escuderias, que alegaram que a mudança seria irregular - e de fato, é absurda e unilateral, afinal, desagradou gregos e troianos.

Tudo isso traz à tona a questão da imagem perante o público e às equipes, em menor proporção. Certamente, o board da FIA deve ter levado em conta a repercussão negativa que essa medida geraria para o esporte, por ser tão radical e, principalmente, decidida de forma tão rápida. É um tipo de decisão que requer um debate mais aprofundado.

Como diz o ditado, prudência e canja de galinha não fazem mal a ninguém. Principalmente para quem tem muito a perder com a imagem pública.

Um abraço e até a próxima!

sexta-feira, 20 de março de 2009

Atendimento é tudo

Para encerrar a semana "útil", o assunto da vez é sinergia, a palavra da moda. De fato, é até meio batido falar disso, mas tem certas coisas que merecem ser ressaltadas.

A palavra me veio à mente por duas experiências que tive. Vamos lá!

Dia desses, em um restaurante cujo nome não vou revelar porque meu objetivo não é fazer boca-a-boca negativo de ninguém, passei por um constrangimento jamais imaginado em minha vida. Era frequentadora do estabelecimento e super apreciadora do cardápio, tanto dos pratos quentes como das sobremesas. Há uns 6 meses, quando estava almoçando nesse local, o atendimento deixou muito a desejar e eu realmente reclamei, como costumo fazer quando não considero este serviço satisfatório. O dono do restaurante, irritado por isso, disse que o local não servia fast food e que se eu quisesse continuar a ir lá, teria de ser assim.

O fato é que, após esse primeiro incidente, digamos, eu decidi não mais voltar no lugar. Só que a comida lá é muito boa, e há uns 3 dias, resolvi voltar, já nem lembrando mais dos eventos passados. Não sou do tipo que guarda mágoa por tanto tempo...rs... Eis que chego lá e o dono do local, acredite, se recusou a me atender, por conta dos imprevistos anteriores. Argumentei que a atitude era meio absurda, que eu havia retornado lá porque gosto do cardápio, etc... Mas, não só não adiantou, como, para resumir a ópera, o dono, prepotentemente, disse que ele era quem decidia as pessoas que frequentariam o restaurante, onde sentariam, enfim. Gritando na frente de todas as outras pessoas que lá estavam.

Independentemente de quem tinha ou não razão, quem tem um negócio jamais poderia fazer isso com o cliente. Pior do que um mau atendimento, é não aceitar críticas - sejam elas justas ou não - e não olhar para os problemas do seu negócio. Penso que deve faltar sinergia interna, entre os sócios e os funcionários, porque essa reação acalorada não é normal em um empresário lúcido e com visão de negócio!

O lado bom da história é que sempre tem gente disposta a prestar um bom atendimento, e encarar a crítica como uma oportunidade de melhorar, e não levar para o lado pessoal. Tem um outro restaurante na Vila Madalena que, por questão de coerência, não vou citar, pra não parecer propaganda...rs, que certa vez deu mancada no atendimento. Demorou, trocaram os pratos, enfim. Não foi bem sucedida a empreitada. Na saída, porém, o gerente se aproximou e me disse "Sinto muito pelo ocorrido, imagino que você e suas amigas devem estar decepcionadas, mas gostaria que retornassem, pois tenho certeza que, na próxima vez, o atendimento será 100%".

Não só na vez seguinte, como em todas as outras inúmeras vezes. Se temos alguma sugestão ou crítica, o gerente é super receptivo. Mas, nunca mais tivemos problemas.

Enfim, quando se tem boa vontade, se tem prazer naquilo que se faz, independente de pressão, correria, o resultado é sempre bom. O cliente fica feliz e a comunicação funciona da melhor forma: no boca a boca.

Adendo
Mudando de pato pra ganso: ontem, em entrevista para a revista interna de um cliente, o entrevistado me disse: "Vi a outra edição da revista, que saiu minha foto. Levei para casa e minha esposa guardou, ficou muito contente e eu também. Obrigada!".

Parece banal, mas, para a empresa, esse é um retorno fantástico. Não tem melhor coisa do que um funcionário feliz com uma ação da empresa. O poder de reverberação é impressionante, porque gera mudança de comportamento e, principalmente, engajamento do funcionário, pode acreditar!

Um abraço e até a próxima,
Regina

quinta-feira, 19 de março de 2009

Comunicação com a liderança

PARTE 1 - Pãozinho com manteiga e informação

Hoje, tivemos Pão com Manteiga na Klaumonforma com a presença da consultora Viviane Mansi, relações públicas e professora da Cásper Líbero.

O café da manhã foi super produtivo, trouxe muitas ideias e reflexões sobre como a Comunicação pode engajar a liderança a falar com a equipe, a disseminar a informação. Lembrando que os gestores também são carentes de informação e, muitas vezes, no caso da 1a gerência, estão "espremidos" entre a cobrança da diretoria e as expectativas da própria equipe.

O comunicador deve, portanto, entender o papel do líder perante sua equipe e perante o negócio, a estratégia da empresa. Além disso, Viviane reforçou a necessidade de os líderes estarem próximos das pessoas, realmente, saírem da sala e "gastarem a sola do sapato". "Não adianta ficar trancado no escritório, com medo das pessoas, do que elas possam vir a falar", comentou a profissional, que é gerente de comunicação corporativa da Merck Sharp & Dohme.

Em breve, no site da agência Klaumonforma (para quem não sabe, é meu local de trabalho de todo santo dia...rs...) vocês poderão conferir um vídeo do Pão Com Manteiga, com depoimentos dos participantes, da consultora, além do release completo sobre o evento (que eu vou redigir amanhã, porque hoje ficou meio complicado meu dia...rs).

PARTE 2 - Diálogo Abracom - Case Inpev "Dia Nacional do Campo Limpo"

Depois do evento na agência, passei a tarde em um dos clientes que atendo, e segui para a universidade Anhembi Morumbi, para assistir à apresentação do case de comunicação integrada da Inpev sobre o Dia Nacional do Campo Limpo - que inclusive, foi o vencedor do Prêmio USP de Comunicação Corporativa de 2008.

A campanha contemplou ações de relacionamento com todos os públicos da cadeia produtiva agrícola, por meio de ferramentas integradas de comunicação, como o hotsite, comunicação visual padronizada, comunicação interna, assessoria de imprensa, e por aí vai. Cor do textoVale a pena conhecer a entidade e as ações realizadas. O site é www.inpev.org.br

Um abraço!


quarta-feira, 18 de março de 2009

Revisão das diretrizes curriculares dos cursos de Jornalismo

Sou bastante favorável à iniciativa. Já não é de hoje que os cursos de graduação andam bem atrasados em conteúdo e foco, e não acompanham o movimento do mercado. Claro que é preciso ponderar entre prática (mercado) e teoria (parte acadêmica), mas não dá para ficar parado no tempo.
O mais legal é que as pessoas podem opinar sobre o perfil que julgam mais adequado para o profissional da área, competências etc.

Confira a notícia na íntegra - fonte: FENAJ (Federação Nacional dos Jornalistas).


Primeira audiência sobre diretrizes curriculares será sexta, 20, no Rio

Começa nesta sexta-feira (20/03), no Rio de Janeiro, o processo de audiências públicas para discutir a revisão das diretrizes curriculares dos cursos de Jornalismo. E prossegue aberta, até o dia 30 de março, a consulta pública via internet onde os interessados podem opinar sobre o perfil desejável para o profissional do Jornalismo e as principais competências a serem adquiridas durante a graduação. A Executiva e o Departamento de Educação da FENAJ encaminharam orientações aos Sindicatos da categoria para uma participação organizada neste processo.

Disposta a contribuir na mobilização e formulação de propostas a serem apresentadas para a Comissão de Especialistas do MEC, a FENAJ orientou os Sindicatos de Jornalistas a participarem de todas as audiências. Em oficio circular encaminhado aos Sindicatos, a diretora do Departamento de Educação da FENAJ, Valci Zuculoto justifica que as três audiências funcionarão com um momento em que o "público" poderá questionar e se manifestar. “É importante que participemos não apenas com Sindicatos e profissionais da cidade onde ocorrem, mas também com comitivas do interior e de todos os demais estados das regiões”, orienta o documento.

A primeira audiência pública agendada pela Comissão de Especialistas do MEC será nesta sexta-feira, dia 20 de março, na sede da Representação do MEC (Remec), no Rio de Janeiro (Palácio Gustavo Capanema, Salão Portinari, 2º andar), das 9h às 12h30, onde serão ouvidos integrantes da área acadêmica. A segunda está marcada para o dia 24 de abril, em Pernambuco, e direcionada a representações das entidades de classe, associações e jornalistas profissionais que estejam no mercado de trabalho. E a terceira, será no dia 18 de maio, em São Paulo, envolvendo organizações não-governamentais, segmentos da sociedade civil e movimentos sociais.

Consulta Pública
Outro espaço de participação da sociedade no debate sobre a revisão das diretrizes curriculares de Jornalismo é a Consulta Pública. A FENAJ também está estimulando os Sindicatos de Jornalistas a enviarem contribuições pelo e-mail
consulta.jornalismo@mec.gov.br. Para tanto, orientou que o acúmulo de debates expresso nos documentos “Programa Nacional de Estímulo à Qualidade de Ensino”, “Propostas de Diretrizes do Seminário de Campinas”, sejam as referências para a formulação de propostas.

Também como contribuição para subsidiar os Sindicatos, a FENAJ encaminhou uma síntese sobre as resoluções dos Congressos Nacionais dos Jornalistas em relação às questões que devem ser destacadas neste processo de consulta pública. Nele destacam-se a defesa do Jornalismo como uma das principais modalidades de comunicação, exercitada através das mais diversas linguagens e dos mais variados suportes técnicos, mas dotado de extrema singularidade e especificidade.

Pão com Manteiga e Prêmio Aberje 2009

Amanhã, quinta, 19 de março, teremos Pão com Manteiga na agência Klaumonforma. É um encontro com clima bastante aconchegante, em que profissionais da área de Comunicação (ou de outras áreas, interessadas no assunto) conversam em um ambiente informal, com pãozinho, manteiga, e cafezinho. O encontro é mensal e, nesta edição, o tema é Comunicação para a liderança, especialmente em tempos de crise. A consultora da vez é Viviane Mansi, da Merck Sharp e professora da Cásper Líbero. A mediação é de Claudia Cezaro Zanuso, diretora de Planejamento da agência.

Depois do encontro, posto os temas principais do debate e foto também!

Outra notícia bacana é que as inscrições dos cases para o Prêmio ABERJE (Associação Brasileira de Comunicação Empresarial) estão de vento em popa! Inclusive, preciso dar uma passada lá para conferir as novidades, há muito material interessante e inspirador lá para consultar.

O prêmio é composto por 19 categorias divididas em três grandes áreas: Gestão de Comunicação e Relacionamento, Gestão de Mídias e Pequenas e Médias Organizações, buscando o que melhor se produziu em estratégias e táticas de comunicação empresarial entre 2008 e 2009. Este ano tem uma categoria inédita: Comunicação de Ações de Sustentabilidade e Balanço Social. As inscrições encerram no dia 30 de abril para organizações, instituições ou órgãos públicos. O sistema prevê etapas regionais e uma grande premiação nacional.

Para saber mais, visite o site especial do Prêmio ABERJE.

Abraços e até breve :-)

terça-feira, 17 de março de 2009

Os 10 Mais do Palmeiras


Ontem fui à livraria Saraiva, do Shopping Eldorado, conferir o lançamento do livro "Os 10 Mais do Palmeiras", do jornalista Mauro Beting, de quem sou fã - não porque é palmeirense, mas porque é um jornalista exemplar, como poucos na atualidade.

A livraria estava lotada e eu fiquei mais de 1h na fila para pegar um autógrafo dele! Mas valeu a pena: o pessoal na fila estava animado, todo mundo no maior espírito esportivo, como pedia a ocasião. Já estou com meu livro e comecei a folhear esta obra incrível, que traz os 10 principais jogadores da história deste grande clube, que é o meu clube de coração. Beting elegeu os jogadores com o suporte de um "júri" composto por outros jornalistas e especialistas no assunto.

Os eleitos foram: Ademir da Guia, Dudu, Luís Pereira, Marcos, Evair, Oberdan Catani, Jair Rosa Pinto, Julinho, Djalma Santos e Valdemar Fiúme.

Para saber mais:

Vale a leitura!

Um abraço e até a próxima!


segunda-feira, 16 de março de 2009

A vez dos impressos na comunicação corporativa


Quando surgiu a TV, muito se pregava que seria o fim do rádio. Quando surgiu a Internet, se falou do fim do jornal impresso. As profecias a la Nostradamus do término dos veículos, carregadas de fatalismo, nem sempre procedem. 

O rádio vem se adaptando, buscando outro tipo de informação. Se bem que, dificilmente, a TV consegue ser tão ágil, pelo diferencial de equipamentos - a TV tem um outro nível de exigência. A Internet também dá as notícias em tempo real, mas o jornal vem se tornando um espaço para análise e notícias, até certo ponto, mais aprofundadas.

Enfim, fiz esse "prefácio" para falar sobre a migração para diferentes plataformas também no ambiente corporativo, algo com que lido constantemente em meu trabalho. Converso muito com minhas amigas e colegas a respeito e é difícil concluir alguma coisa efetiva, em tempos de tanta mudança.

Cada vez mais, as empresas têm buscando migrar seus veículos do formato impresso (especialmente de comunicação interna) para a plataforma virtual/eletrônica. Um dos motivos é, certamente, a redução de custos - já que papel e gráfica custam caro e são dispensáveis no universo virtual. Mas há também a alegação de que, por meio de um veículo na Internet, as organizações conseguem atingir um público maior, de forma mais direta, principalmente nos casos de multinacionais, com filiais/sucursais/unidades em diversas regiões do Brasil e até do mundo. A justificativa é o "alinhamento da comunicação em um único canal".

Acho muito válida a consideração e a valorização da Internet como canal de comunicação; deve ser utilizada, sem dúvida. Por outro lado, o jornal impresso ainda ganha pela mobilidade, pela facilidade de disseminação da empresa fora de seus limites "territoriais". Pode-se compartilhar o veículo com familiares, distribuir diretamente ao cliente (se isso for possível), é um portifolio sempre disponível. 

Acredito que o caminho ainda é a diversificação. O jornal (ou revista) impresso traz notícias aprofundadas, que circulam por um mês ou dois, e ajudam os públicos (sejam eles quais forem) a entender a companhia sob uma visão mais profunda; o mural é o canal mais charmoso e eficaz de integração ao meu ver; a intranet ou internet, conforme o caso, traz a notícia em tempo real, a informação mais "crua", mas atualizada; além de broadcasting, blogs, rádios e TVs corporativas. 

No caso da intranet, é um espaço também para armazenamento de dados internos para os funcionários - políticas corporativas, ferramentas, softwares, contatos de fornecedores/clientes/empregados, informações de RH, e por aí vai.

Concentrar tudo em um único meio, seja ele só impresso ou só virtual me parece um pouco equivocado. Afinal, estamos no mundo da facilidade de acesso à informação e, atingir diversos públicos, pressupõe diversidade de veículos. Como já diz o bom e velho ditado: cada macaco no seu galho.

E você, o que acha?

Um abraço,
Regina



domingo, 15 de março de 2009

Avó e consultora

Vou aqui contar um segredo meu... Muitas vezes, quando escrevo uma reportagem, edito um texto, vem a dúvida se ficou bom, se está adequado, com as informações necessárias...enfim... como jornalista costuma ser questionador e não se contenta muito facilmente, muitas vezes recorro à minha consultora personalizada, minha avó. Sim, D. Alzira, no alto de seus 91 anos, me ensina muita coisa. Lúcida, acompanha jornais e procura estar antenada com tudo que pode e consegue.

A técnica é simples...rs... Leio os textos em voz alta e vou perguntando se ela entendeu, o que ela achou. Se ela entendeu, então, estou no caminho certo. Se ela me pergunta "mas...o que é isso que você leu agora", refaço, procuro reformular a frase.

Mesmo em temas mais complexos ela me ajuda. Embora ela não compreenda todos os assuntos sobre os quais eu escrevo, porque não fazem parte do dia-a-dia dela, ela me dá alguns toques... Se eu consigo fazer com que ela entenda um texto sobre comunicação corporativa, já é um bom sinal... :)

E ainda é bom para ela, porque acompanha a produção de um texto jornalístico - e ela gosta! :-)


sábado, 14 de março de 2009

Amigos, boleiros e geniais


Como uma boa apaixonada por esportes, especialmente o futebol, queria deixar aqui duas dicas especiais, de blogs de grandes amigos meus. São pessoas comuns, filhos de Deus (como eu), mas com uma inteligência e visão espetacular sobre o "esporte bretão" (detesto esse clichê, mas me faltou algo melhor agora...rs).

Um deles é Alexandre Aníbal, grande corinthiano, figura super carismática e inteligentíssimo. Está, inclusive, fazendo curso de locução para rádio (AA, se não for esse o curso, me corrija! rs...), acho até que está terminando, e pós-graduação em jornalismo esportivo. Além de um amigo, ganho um colega de profissão e, acima de tudo, o jornalismo ganha um profissional diferenciado, para trazer qualidade, sempre super bem-vinda (ainda tem hífen? A reforma ortopédica... ops...ortográfica...me confunde no quesito hífen...rs)! O blog dele é o Doses de Futebol. Vale muito a pena visitar!

A outra é minha queridíssima amiga Luciane de Castro. São-paulina das mais autênticas, tem um estilo de texto que eu adoro. Objetiva, mas com sensibilidade. Rico em conteúdo. Enfim, é uma pessoa que vivo elogiando pessoalmente, porque faz por merecer. Além do mais, é uma superespecialista em TI - para mim, outro mérito. Como ela mesma diz "Todos os TIs merecem o céu", e eu estou quase acreditando nisso...rs...Aliás, o Aníbal também é da área! Será um carma meu? Uma jornalista ter dois amigos de "exatas" que adoram "humanas"? :-)
O blog dela é o divertido, autêntico e completo Futebol Acima de Tudo.

E para finalizar: que dia lindo faz hoje em São Paulo!

Um super abraço!

Embate da imagem cristã

Os desdobramentos do caso da menina de 9 anos grávida de gêmeos, cujo estupro e aborto têm gerado intensa discussão entre lei do Estado x lei Canônica, nos trazem um importante ponto para a discussão. A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) se manifestou e colocou mais lenha na fogueira ao divulgar que a mãe da menina e os médicos não devem ser excomungados com a polêmica em curso.

Demonstra uma atitude política e inteligente da CNBB, ao perceber que a opinião pública se inflamou diante da postura radical do arcebispo de Olinda e Recife, D. José Cardoso Sobrinho, e desautorizou a excomunhão, afirmando que deverá fazer uma reavaliação do caso.

Existe, nesse caso, um típico momento de crise de imagem. A Igreja Católica, cada vez mais questionada, se vê diante de uma situação em que encontra no direito canônico as respostas para o dilema da menina pernambucana, independentemente de qualquer juízo de valor. Por outro lado, como uma instituição cristã quer agregar fiéis e manter uma imagem socialmente respeitada se um de seus representantes adota postura tão retrógrada e radical, em um tempo de tantas mudanças e as pessoas buscando justamente a flexibilidade?

Ou seja, não dá para ser 8 ou 80. Por mais óbvio que isto pareça, a realidade hoje é muito mais complexa e a instituição buscará uma decisão politicamente correta, que "agrade" opinião pública, cristãos, seguidores e Vaticano - se isso realmente for possível, já que não dá para agradar gregos e troianos. A não ser que a Igreja Católica queira, definitivamente, se tornar a vilã da história.

quinta-feira, 12 de março de 2009

Fusão de culturas?

Com a compra da Nossa Caixa pelo Banco do Brasil, a exemplo da aquisição do Real pelo Santander, entra em cena a questão de como integrar as culturas internas nas organizações a partir da negociação concretizada.

Para os clientes, aparentemente, há mais benefícios do que desvantagens. No caso BB-Nossa Caixa, hoje começou o compartilhamento de terminais eletrônicos entre clientes do banco paulista com o BB, que poderão realizar saques e consultas de saldo em mais de 39 mil terminais de autoatendimento do Banco do Brasil (em 70% das cidades brasileiras). Só em SP, serão 7.852 máquinas compartilhadas. Por outro lado, os clientes BB não podem, ainda, utilizar os caixas eletrônicos da Nossa Caixa.

No atual momento econômico, fusões e aquisições tornam se rotineiras. Todo mundo quer sobreviver e continuar no caminho do lucro, com foco na sustentabilidade. Vem então, a questão: como lidar com os funcionários? Como trabalhar a mudança de cultura interna?

Nesse cenário, a Comunicação tem papel fundamental, obviamente. Afinal, é o funcionário dque mais sente este tipo de mudança e ele deve ser informado adequadamente. Ele merece ser alinhado das novas estratégias, como fica a situação dele na empresa, principalmente. Muitas são as perguntas e, reforço, devem ser respondidas sempre com muita abertura e transparência. Como serão implementadas as novas políticas pós-aquisição? Haverá reestruturações de cargos? Como ficam os processos internos, qual padrão será seguido? São muitas questões, porque envolvem justamente o fator cultura da empresa, que é um fator muito denso para ser modificado da noite para o dia, uma vez que entra aí o fator humano.

É um debate interessante e que ganha espaço na mídia.

Fonte: UOL (11/03/2009)
http://economia.uol.com.br/ultnot/valor/2009/03/12/ult1913u103286.jhtm

Abraços!
Regina

quarta-feira, 11 de março de 2009

Ampliar os horizontes


Estudar faz bem... mal terminei um curso e já estou procurando outro. É incrível como a gente expande a mente, os horizontes quando estuda, conhece gente nova, novas visões e interpretações sobre as teorias e, acima de tudo, sobre a prática. Não é fácil conciliar a rotina de trabalho e faculdade, ainda que muitos cursos não tenham aulas todos os dias. Especialmente para quem vive em São Paulo, com tudo tão distante e/ou um trânsito tão desafiador, o estresse pode se multiplicar.

Há inúmeras instituições renomadas, a exemplo da FAAP, PUC-SP, Metodista, Cásper Líbero, FMU, a própria USP, FGV, Trevisan, Senac, entre outras, com cursos de mestrado (algumas delas), cursos técnicos, cursos livres e/ou cursos rápidos, de curta duração - para todos os gostos e bolsos.

Além disso, há dois sites em especial sobre Comunicação ou com materiais específicos que acho bem interessantes:

Comunique-se (www.comunique-se.com.br) - É um dos maiores portais em Comunicação, Jornalismo e Mídia em geral. Tem de constar dos favoritos! Na área de cursos, tanto da própria Escola do Comunique-se como no menu à esquerda, há um verdadeiro cardápio à disposição. É preciso se cadastrar, criando login e senha.

Portal Maxpress (www.maxpress.com.br)- outro importante Portal de Comunicação, com informações, releases e contatos em diversas áreas. Pode ser uma boa forma de buscar inspiração e contatos!

Quem quiser passar dicas de cursos que já fez e quiser recomendar, é só mandar para reginavalente@gmail.com, que divulgo aqui com o maior prazer.

Abraços e até a próxima!

terça-feira, 10 de março de 2009

Comunicação e crise

Na seção 1o. Caderno de hoje, 10 de março, do Comunique-se (www.comunique-se.com.br), foi publicada uma interessante matéria sobre os impactos da crise no mercado de comunicação e o papel das agências neste momento.

A tal "marola" chegou no nosso setor e agora é hora de se reiventar, trazer novos produtos e serviços aos clientes, agregando valor muito mais em qualidade do que em quantidade. As empresas estarão cada vez mais carentes disto nesse momento.

No texto, a jornalista Miriam Abreu conta que 89% das agências participaram da segunda pesquisa da Associação Brasileira das Agências de Comunicação e, no primeiro levantamento sobre o ambiente de crise, feito em outubro, pouco depois da explosão da crise nos Estados Unidos, 63% estavam otimistas e 53% relataram que sentiriam o impacto.


Ainda segundo o texto, a pesquisa aponta que 50% tiveram oportunidades de negócios desde o início da crise e 61% informaram que não houve queda no número de prospecções/concorrências para novos projetos e 30% das agências já receberam de seus clientes demanda para o enfrentamento dos efeitos da crise.

Num balanço geral, 25% tiveram corte de contratos em andamento, 24% relataram suspensão de projetos, enquanto 17% renegociaram fee em andamento e mais 17% renegociaram fee na renovação de contratos.

Até agora, 12% realizaram demissões e 24% planejam cortes se houver queda na demanda de serviços.

Para 42% das agências que responderam ao levantamento, o resultado do faturamento no último trimestre já foi afetado pela crise. Para a maioria, os três serviços que serão mais afetados com essa crise serão os de eventos, assessorias de imprensa e publicações.

O levantamento, realizado na última semana de fevereiro, teve a participação de 38 empresas, dentro de um universo de 304 agências associadas em todo o Brasil.

segunda-feira, 9 de março de 2009

A importância do jornal mural

Muito se fala a respeito deste que é considerado por muitos como um veículo de comunicação interna fadado ao fim. Com a Internet, web 2.0, jornais e revistas, há quem questione o valor de se produzir um jornal mural e há razão nisso. É difícil competir com a tecnologia.

Porém, sou ainda defensora deste canal de comunicação pela rapidez e facilidade na divulgação das notícias e pelo charme do formato. Além de ser uma ferramenta de integração: afinal, você para para ler o mural, um colega para também, comentam os assuntos e por aí vai, disseminando informações da empresa a todos. Não dá para fazer isso via computador, e-mail, blogs, etc. É mais impessoal, embora muito mais rápido, não há dúvidas.

O jornal mural (ou quadro de avisos, como chamam alguns acadêmicos) é um veículo importante para informações rápidas da empresa, especialmente de Recursos Humanos, que interessam aos funcionários e que devem chegar de forma ágil até eles. Também é possível trabalhar dicas de saúde e cultura,por exemplo, que são necessidades constantes não apenas de funcionários, mas de qualquer leitor que busca se atualizar. 

Nem sempre vale a pena gastar uma ou duas páginas de uma revista corporativa, em geral com 12 a 16 páginas, para falar de aniversariantes ou novas políticas de cursos e bolsas auxílio, por exemplo. Vamos deixar os períodicos mais "densos" para as informações mais estratégicas, que requerem maior reflexão e aprofundamento.

O grande lance do mural, para mim, é poder divulgar notícias mais breves, como atualizações, semanais ou quinzenais, no máximo. E, principalmente, publicar os nomes e datas dos aniversários. Para muitos, parece irrelevante, mas é fato que todo funcionário adora ver  seu nome e/ou foto publicada para todo mundo saber! Eu também acho muito bacana, porque promove uma grande integração, de fato - e é o que mais falta nas organizações - e as pessoas pedem isso, direta ou indiretamente. 

Por isso, dá-lhe mural, dá-lhe integração...e dá-lhe comunicação!

Um abraço,
Regina


domingo, 8 de março de 2009

Ronaldo e a comunicação



Sim, podem me chamar de louca... mas acabo de assistir o clássico Palmeiras x Corinthians e gostaria de falar aqui do Ronaldo. Mas não sob a perspectiva futebolística, mas sim, de comunicação.

A imagem que o jogador transmite tem uma carga comunicacional muito forte. Embora, aparentemente, não pareça, a persistência e a determinação de Ronaldo, eleito melhor do mundo por três vezes, é algo inspirador para quem trabalha com comunicação corporativa. Estamos em uma área que exige justamente paciência, para promover o melhor relacionamento com nossos clientes (internos e externos), entender suas necessidades e trabalhar tudo isso para que a comunicação se efetive cada vez mais nas organizações.

O trabalho do jornalista, do relações públicas, do profissional de comunicação em geral, é uma atividade "à la Ronaldo", porque você passa por imprevistos, corte de jobs, mudança de briefing, dificuldade de engajar funcionários, resistência de altos executivos... entre tantas outras questões que fazem parte do jogo.

Ronaldo deixa uma grande lição: aos 32 anos e após três cirurgias no joelho (se não me falha a memória...), pode naõ ter a condição física capaz de fazer com que volte aos velhos tempos que o tornaram também o maior artilheiro em Copas do Mundo. Mas ele mostra que, quando há talento, persistência e disposição, tudo é possível, dentro de um cenário específico. Se você se programar, tiver determinação, seguir um planejamento racional, mas com toques de ousadia, dá para voltar a jogar futebol com 95kg, sob dúvidas e questionamentos. E ainda marcar um gol aos 45 do segundo tempo, no maior clássico do seu time.

Nosso trabalho na comunicação é isso: persistir, saber reduzir a marcha, saber a hora de acelerar, de voltar atrás... dançar conforme a música, sem perder as metas de vista, sem perder a vontade de jogar e fazer gols.

Ah, e para quem ficou curioso: sou palmeirense e, obviamente, não gostei do resultado (empatar no final é triste...rs), mas não podia deixar de fazer essa analogia. Ronaldo tem seus méritos, independente de qualquer questão futebolística.

E claro, mande sua opinião, é sempre bem-vinda!

Abraços e até a próxima!


sexta-feira, 6 de março de 2009

Trabalho da pós

Na próxima terça, entrego o trabalho final da pós e, finalmente, concluo o curso e pego meu diploma de especialista - mas não vai para a parede. Ainda tenho muito chão pela frente, é só o início, embora a sensação agora seja de um imenso alívio e alegria!

Sempre que tiver algum assunto ou novidade do nosso mundo da comunicação, aguarde que trarei para cá, e quero saber sua opinião. Comente sempre!

Abraços,
Regina

Ética corporativa

Ontem participei do Café com Conteúdo, um encontro realizado mensalmente pela Apoena Sustentável (www.apoenasustentavel.com.br), consultoria especializada em gestão de projetos em sustentabilidade empresarial.

O encontro contou com a presença de profissionais de diversas áreas (TI, Comunicação Interna, engenharia ambiental) e foi um debate muito interessante sobre assuntos ligados à ética nas organizações.

O grande tópico do diálogo foi a criação dos chamados Comitês de Ética Internos, que avaliam atitudes consideradas delicadas - desde aceitar brindes de fornecedores e clientes, até o furto de objetos que pertencem à companhia, por exemplo. São pequenos delitos e até questões mais profundas que devem ser discutidas e avaliadas: como punir? como falar com os funcionários sobre a importância desse Código?

O diálogo, novamente, entra como protagonista. Vale lembrar, aliás, que todo Código de Ética de uma organização, vai além de um conjunto de normas escritas. Trata-se, na verdade, de uma bússola para que as pessoas tenham em mente a importância de um comportamento que tenha a ética como parâmetro, o que envolve crenças pessoais e até mesmo hábitos que os funcionários trazem de casa. São as pessoas que refletem e tiram suas próprias conclusões acerca do que é, de fato, ético ou não.

É um tema super complexo, mas muito válido e cada vez mais em voga no atual mundo corporativo. O melhor caminho, por hora, é por meio da comunicação e didática, com vídeos, jogos e publicações que valorizem o papel do funcionário como disseminador da ética não só na empresa, mas também na vida pessoal e familiar.

Aliado a isso, os Comitês atuam como balizadores, recebendo informações dos próprios funcionários, que devem ser cada vez mais engajados nesse quesito, e a partir disso, podem tomar as providências cabíveis, lembrando que cada caso é um caso.

Vejo a ética não como uma meta na empresa, nem como resultado a ser atingido. Ética é um valor que deve fazer parte da formação individual e deve ser praticada também no dia-a-dia das organizações.

E você, o que acha do tema?



O começo de tudo

Olá, pessoal. Criei este blog com o intuito de compartilhar minha experiência profissional na área de Comunicação e trocar ideias com quem se interessa pelo assunto.  O canal está aberto, participe!
Afinal, na vida, tudo (ou quase) é uma questão de comunicação! :-)

Abraços,
Regina